foto billabong
tem dias que eu até gosto da chuva. de levar com as pingas no rosto e deixar que elas me refresquem o dia. como hoje. o céu está cinzento e o mar quase não se vê, mas nem por isso as gaivotas se esquecem de pairar junto às ondas e a mim sabe-me tão bem poder vê-las.
corri o parque da cidade como quem entra pelo outono dentro, calquei folhas já caídas e deixei que as minhas pernas fossem mais além do que a minha própria mente. “tens de sair da tua zona de conforto”, dizem-me, e então eu estou a tentar saber o que isso é, deixar-me ir um pouco mais para além daquilo que estou habituada a fazer.
hoje foi fácil. esqueci-me do corpo enquanto ouvia os meus pensamentos. dispersei-me pelo sonho intenso que me invadiu a noite, e enquanto sentia o peso das pernas a bater na terra molhada deslizava pelo meu percurso enquanto me debatia com a interpretação que poderia dar a todas aquelas emoções.
não vou contar o meu sonho, apesar de ele estar bem vivo dentro de mim. quem não tem sonhos estranhos mas interessantes e que atraem um misto de realidade e de irrealidade e que nos deixam fora do nosso real tempo e do nosso real ser?
pois eu hoje tive um desses sonhos, bons, e do qual me lembro de quase tudo. e ainda me lembro de acordar algumas vezes pelo meio, e de fechar os olhos logo a seguir como que para não me dispersar do que me estava a acontecer.
ontem tive a minha terceira aula de ioga. estou radiante por finalmente ter introduzido o ioga na minha vida, e quem sabe terá sido a partir desse estado zen pós aula que a minha noite surtiu num sonho tão bom. quem sabe.....
bem...., mas agora é mais do que tempo de ir ao encontro da minha rotina real; estava aqui a namorar o teclado e a soltar palavras como que numa forma de prolongar ainda mais o meu sonho, mas já sinto a necessidade premente do meu café, que me vai sem dúvida despertar deste limbo.
bem...., mas agora é mais do que tempo de ir ao encontro da minha rotina real; estava aqui a namorar o teclado e a soltar palavras como que numa forma de prolongar ainda mais o meu sonho, mas já sinto a necessidade premente do meu café, que me vai sem dúvida despertar deste limbo.
café e a chamada à realidade. porque o pior dos sonhos bons é mesmo quando damos conta que a nossa vida é fora deles.

1 comentário:
eu também gosto muito de fazer ioga e principalmente à noite, é dos únicos "desportos" que gosto de fazer à noite. vou brevemente reintroduzi-lo na minha rotina. só me falta umas corridinhas.......
dora
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