errámos pela noite despertos por um luar imenso. a noite tem destas coisas, as palavras deixam-se fluir mais soltas, e nós seguimos o deslumbramento de uma intensidade de emoções e sentimentos.
enquanto o carro se deixava quase guiar sozinho por uma cidade a aquecer para a noite do fim de semana, nós soltámos palavras meias gastas, palavras e até canções que entoámos em uníssono, como aquela música do pedro abrunhosa , essa que dá mesmo vontade de cantar como se o fizéssemos bem (...tudo o que eu te dou, tu me dás a mim....., ..., estrelas de mil cores ecstasy ou paixão...., uhm, esse odor, traz tanta saudade,......) ; dizia eu que deitámos cá para fora palavras tão gastas por um tempo ou por uma repetição que é urgente quando duas pessoas se gostam e se descobrem ao sabor da vida.
falámos por entre silêncios e olhares, ou até em forma de dança. falámos e dançamos até ser tarde, muito tarde até ser dia entrando pelo outro dia dentro, mas quando se gosta e se está bem o tempo e as horas unem-se ao luar e às estrelas, e até ao mar que nunca adormece, deixando tudo o resto de fazer sentido.

1 comentário:
ou talvez tudo o resto passe a fazer sentido....
;)
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