Ela vestia-se de uma timidez flagrante sempre que sabia que ia estar com ele. depois sorria-lhe e tentava dizer as coisas como se a presença dele fosse como a de outra pessoa qualquer, tentando camuflar até de si mesma aquele nervosismo que lhe fazia remoinhos no coração. por ela ficaria ali horas, seguidas de outras horas, deixando o tempo prolongar-se sem receio, só para simplesmente estar ali. ao lado dele.
Mas o tempo pregava-lhe partidas e o que até poderia ter sido uma hora parecia-lhe um breve segundo e aquela magia de estar com ele esfumava-se-lhe por entre os dedos.
Regressava a casa com um sorriso a roçar o pateta, inspirava o ar tentando ainda sentir algum perfume exalado por ele e depois acabava o dia a imaginar se algum dia ele seria dela. fazia por adormecer sempre que sentia que isso nunca iria acontecer.
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